Pensamentos

 

Quando coisas ruins penetram em nosso caminho, uma das mais imbatíveis armas de neutralização é a suavidade. Fomos treinados pela mentalidade ocidental a querer competir, retaliar, reagir com agressividade. Mas uma parte nossa, mais íntima e secreta, sabe que tais ações apenas alimentam a roda do sofrimento, que não cessa de girar. Cedo ou tarde, passamos a utilizar outro recurso psicológico: agir com graça, agir com afeto. É incrível como um sorriso suave é capaz de derreter um coração de gelo. Um ato gentil pode desfazer uma guerra. E, quando agimos assim, somos tomados por um sentimento indizível de felicidade. Porque, em essência, o ser humano é bom. Apenas se ilude, achando que ser malvadinho o torna mais interessante. No final das contas não existem pessoas más, apenas pessoas tristes ou que acham que são a coisa mais importante do universo. Saiba, portanto, que você terá sempre a oportunidade de resolver questões - suas e dos outros - com muita suavidade e graça e, no final das contas, sentirá a alma lavada e em paz.

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Há momentos em que o melhor que temos a fazer é focar nossa atenção não no amplo, mas no detalhe. É claro que aquilo que é amplo e brilhante chama muito mais atenção, todavia essas coisas podem ser apenas distrações que desviam das coisas que realmente importam e que são encontradas em coisas pequenas: pequenas atitudes, pequenos gestos, pequeno passos. No momento, quanto maior o empenho em realizar e viver o estritamente necessário, melhor. Nada de estimular exageros neste momento. Além do que, em diversas circunstâncias é melhor fazer direito com pouco do que errado com muito. Em um ciclo de transformações, as pequenas mudanças irão operar. Grande felicidade está ao alcance das mãos, mas apenas se soubermos valorizar os detalhes e a felicidade presente nas pequenas coisas. Não exagere nos prazeres ou na atividade. Toda forma de exagero, neste momento, é mal vinda. Contenha-se e saiba viajar com mais lentidão, para melhor apreciar a paisagem.

Não se remoa ao perceber falhas em sua própria alma. Sempre achamos que nossas faltas são maiores do que as dos outros, que as cruzes que carregamos são mais intensas. Deixe o tempo fluir e tudo se ajustará, mas não remoa suas preocupações, pois assim elas serão alimentadas!

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Eis que o Sol se põe e uma fase sombria marca o momento. Não há luz que lhe permita ver as coisas com clareza e, justamente por isso, este é um momento realmente delicado, pois à noite todos os gatos são pardos. Não conseguimos ter um vislumbre nítido nem dos nossos problemas, nem de nós mesmos e nem das pessoas ao nosso redor, quando a luz da consciência temporariamente se esvai. Mas estas sombras que se acometem sobre você são temporárias e resultam do ambiente circundante. Em diversos momentos, sentimos grandes angústias e até mesmo desespero, todavia é preciso manter firme a convicção de que isso é apenas um momento, que irá passar. Pense assim: o que não pode ser resolvido, resolvido está. Em um momento escuro, qualquer ação se revela perigosa, pois não temos certeza de com o que estamos lidando. Podemos sair feridos ou ferir os outros. Melhor, assim sendo, aproveitar a noite psicológica e dormir um pouquinho – o que significa meditar, zerar a atividade, evitar burburinhos por um tempo. Pense agora no que o incomoda e conseguirá compreender que foi você quem se colocou nesta situação?

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Ao receber coisas positivas, é preciso que você saiba também distribuí-las, estimulando as pessoas ao redor a saírem de suas inércias. Saiba dar-se limites. Tudo acaba, não há fase ruim que perdure, nem fase boa que seja eterna. Aproveite ao máximo os benefícios da fase da riqueza e saiba poupar para uma eventual fase futura de vacas magras. Dar-se limites significa principalmente saber até onde se deve ir e quando se deve parar ou, ao menos, desacelerar o movimento. Empolgue-se, curta sua felicidade, mas não se deixe embebedar por ela. Ficar viciado no sucesso é tão ou mais perigoso do que passar por um pequeno fracasso. Corremos o risco de desenvolver fantasias de onipotência absolutamente indevidas. A verdadeira prosperidade se mantém com a humildade!

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Ao longo de nossa vida, nos damos conta que existem coisas que duram pouquíssimo tempo, mas há também coisas que duram bem mais. Essas coisas duradouras quase que invariavelmente são interiores, são as nossas qualidades e virtudes, assim como também alguns de nossos defeitos. Já é hora de compreender quais são suas coisas duradouras. Quais as virtudes que você possui como constantes em sua vida? Que tal evocá-las agora? A vida pede que se faça valer as qualidades, sobretudo as que você reconhece como parte de sua vida desde que se entende por gente. Ela também nos leva a perceber que os relacionamentos vêm e vão, os projetos começam e acabam, mas há algo que se configura como sendo eterno. Você pode até mudar de relacionamento, mas o desejo de amar perdura. Pode mudar de projetos, mas o desejo de crescer perdura. Assim sendo, não importa tanto qual é o foco externo dos seus desejos, contanto que você aprenda a valorizar suas próprias virtudes!

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Uma noite, um velho índio falou ao seu neto sobre o combate que acontece dentro das pessoas.

"Há uma batalha entre dois lobos que vivem dentro de todos nós. Um é mau. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, orgulho falso, superioridade e ego. O outro é bom. É alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé." Disse o velho.

O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô: "Qual lobo vence?"

O velho índio respondeu: "Aquele que você alimenta!"

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A vida dá uma canseira na gente. Podemos não ter inimigos, mas são muitos os nossos adversários: o tempo, o mau humor, a idade, a concorrência , as regras rígidas e um juiz que nem sempre vai com a nossa cara. Não se pode ter tudo, não se pode vencer sempre, é o que nos dizem… Mas isso só deve servir de consolo depois que a partida termina. Enquanto estiver em andamento, pode-se até levar uma surra, mas fica proibido perder para si mesmo!